sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Fina Besteira


Trilha Sonora Fina Estampa 

     Você já sentou em frente à televisão e parou para analisar friamente a programação dela noturna? Pois eu fiz isto, com uma recente novela global. Pergunta, será que só eu consigo ver o quanto esta novela de horário “nobre” é patética? Desculpe os noveleiros de plantão, mas as histórias que cercam o núcleo principal desta narrativa são ridículas. 
Posso dar vários exemplos e vou colocá-los em forma de questão: Que graça tem assistir esta novela? O que o “talentoso” namorado da Susana Vieira está fazendo lá? Quem é a mãe Dinah e quais serão suas contribuições no enredo desta novela? Sophie Chalotte é ruim ou sua personagem que não ajuda? O filho estudante da “Pereirão” é tão pobre que seu celular é de ultima geração, será que foi um presente da ex-namora rica ou falha da produção? Teria várias outras questões, mas desisti de assisti não agüentei ficar ali em frente a TV parado olhando uma “besteira” atrás de outra. Pior que tem gente que gosta! Serei eu muito chato? Quem sabe não fingindo de cego, surdo e mudo eu consiga acompanhar esta e outras “preciosidades” da programação Rede Globo. 

Meu ser


Decompondo em sentidos
Onde subjetivos
Perderam espaços
Para o objetivo
De te esquecer.

Usando de metáforas
Para representar
A limitação
Que é meu ser.

Caindo em repetições
Para quem sabe
Um dia
Adentrar na minha cabeça
Que eu não mereço
E nem quero 
Mais você.

Decompondo no vazio
A ausência de tudo
Desestruturou
O que estruturado foi
Meus sentidos
Minhas ações
Meu interior
Meu ser. 

terça-feira, 27 de setembro de 2011

A viagem


Em dias turbulentos o escape é sair para longe.
Longe de tudo que me lembre e relembre os pesares.
Pesares que parecem diminuir com a distância,
As novas possibilidades de encontrar algo que perdi
Ou algo que ainda desconheço e está para acontecer.

A estrada me fez refletir todo meu passado
Todos nossos momentos bons e ruins,
Toda minha culpa e todos seus equívocos.

A noturna viagem me fez pensar em quanto tempo perdi
Perdi esperando por você,
Perdi correndo atrás de ti,
Perdi, pedi e prendi você em mim.

Quero te libertar e me libertar
Para que possamos fazer uma viagem
Sem volta, sem dores e sem magoa.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Consequência


Em carne viva
Vivo estancando
O sangue da ferida
Aberto e recoberto
De podridão
E pensamentos ruins
Que se formaram
Em minha mente.

Com ossos expostos
Mostro meu interior
Desprotegido
E debilitado
Peço socorro
Por alguém
Ninguém me atende.

Entregue e putrefato
Espero por minha
Decomposição
Expondo
Minha exatidão
De não querer-te
Mais presente.

Esta afirmação
Hipócrita  
Mostra que minha
Ferida ainda aberta
Espera por uma cura
Que tarda em vir.
Vou resistindo
E encobrindo
Sentimentos
Camuflando
Pensamentos
E tentando
Não te querer
Na espera
De que outra
Venha existir.

sábado, 17 de setembro de 2011

Mudando


Caiu do céu
Ou veio de lá
O que sei
É que
Algo aconteceu
Está acontecendo
Bom ou ruim
Estou aqui
Mais uma vez
Tentando, tentando
E sendo tentado
A seguir
Um novo rumo
Uma nova rota
Por uma pedra
Num assunto
Em que só eu
Apenas eu
Insistia
Em levar
Adiante.
Passado
Passou
E parece
Que não
Volta
Acabou.
Um anjo
Apareceu
Uma luz
Ascendeu
Para por
Um fim
Nesta
Escuridão
De querer
Estar com
Você.

domingo, 11 de setembro de 2011

Minha Vontade


A última lagrima secou
Não consigo mais forçar
O que não existe mais.
Forçar um sentimento
Ignorado e inexistente.
Que de ausência
Alimentou
Minha vontade
De querer mudar
Modificar
Tudo que sinto
E senti.

Seco como uma terra
Improdutiva
Que Segue em busca
De fertilizante
Para fecundar
Minha mente
Possibilidades
De novas sementes
Para assim, viver
Constantemente
Um sentimento
Retribuído
Alimentando
Minha vontade
De modificar
Tudo, tudo
O que sinto.

Dói


Dói tudo
A cabeça
Os olhos
A boca
O pescoço
As costas
Os braços
As mãos
Os dedos
As pernas
Os pés

Dói tudo
Os devaneios
As angústias
Os desejos
As injurias
Os sons
As vozes
Os medos
As derrotas
Os sonhos
A fé

Dói tudo
O coração
Este
Já foi
Arrancado
Pisado
Destruído
Este
Já não
Dói mais
Pois Ele
Já não
Existe.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Descobrindo La Riva





      Filha de um cubano e uma brasileira, Marina de La Riva ingressa no cenário musical do país com uma proposta de MPB/Latina ou algo semelhante. Não é por menos, pois suas musicas nitidamente nota-se uma mescla musical entre os dois países, ou melhor, dizendo o universo latino com o brasileiro. Possuidora de uma beleza estonteante, não é apenas um lindo rosto na música brasileira, ela é altamente competente e sua presença de palco é contagiante, assim como seu repertório impecável.
Em agosto no Festival Sonidos o cantor espanhol Pitingo dividiu o palco com Marina e sua apresentação foi tão marcante quanto a do artista estrangeiro, arrebatando novos admiradores com sua voz doce e seu carisma. Seus trabalhos podem ser apreciados em dois álbuns o Cd (Marina de La Riva, 2007) e o Cd /Dvd (Marina de La Riva ao vivo em São Paulo, 2010). Esta carioca mostra que apesar de ser uma “desconhecida” para o grande publico, mostra todo seu carisma entre os artistas nacionais que a convida para dividir os palcos e evento.
Em seu show gravado em São Paulo elogiado pela mídia pela qualidade de som e imagem, também contou com participações de artistas consagrados da música brasileira. Assim, podemos concluir que Marina de La Riva é uma cantora de classe, de postura e talento, portanto, resumiria ela com uma descoberta que está apenas no início e que promete uma longa e prazerosa viagem de ritmos cubanos, brasileiros e latinos. O vídeo mostra bem a qualidade e a mistura musical que ela faz. 


domingo, 4 de setembro de 2011

Abandono


Chicoteado freneticamente
Pelas costas fui atingido
Feridas expostas ao vento
Insetos pousando na cicatrizes
O Sangue havia escorrido.

A dor já anestesiada
Suas feridas mal curadas 
A carne putrefata 
E já infectada
Convida aves negras
Em busca da carniça

Em decomposição
Meu ser esvaece
Bicos me bicam
Meu corpo desaparece

O cheiro espalhando
O sangue secando
O coração
Não batendo mais

A dor adormeceu
Meu corpo esvaeceu
Meu amor esquivou
Minha alma
Abandonou.

Sonhos destruídos
Ideais desconstruídos
Sentimentos corrompidos
O corpo comido
E o coração desprezado
O total abandono
Está concluído.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

De Surpresa


A morte me fez uma visita rápida
Chegou entrando sem pedir licença
Procurou-me por todos os cantos
E me esperou sentada na mesa.

No regresso de meu lar
Deparo com sua presença
Sentada na minha mesa
Logo se levantou
Com melancólicos passos,
Aproximou sem muita clareza.

Beijou-me na face
Com uma estaca fui apunhalado
Uma intensa dor esguichou no chão
Uma fraqueza invadiu meu corpo
E com um sorriso no seu rosto
Derrubou-me na escuridão