quarta-feira, 29 de agosto de 2012

A Pedra de Arumã


   O escritor paulistano Adriano Ferreira é um apaixonado por literatura fantástica, tem como inspiração e admiração grandes escritores deste gênero como J. K. Rowling e J. R. R. Tolkien. Inspiração esta que motivou a concretizar um desejo, escrever uma narrativa fantástica. A Pedra de Arumã - O segredo do templo lançado recentemente pela Editora Baraúna traz uma emocionante sequencia de aventura com Leon, um jovem aprendiz de guerreiro, que após 18 anos de treinamento, inicia um a jornada para desvendar os segredos que rondam seu passado e proteger uma das últimas forças que faria a magia de seu reino não desaparecer, a pedra Alada. Esta narrativa se passa em Tilindor, um reino onde a magia impera, porém devido ao governo de um rei obscuro, o reino está perdendo sua magia e somente os deuses de uma terra proibida e sagrada poderão proteger a pedra e fornecer as peças chaves para Leon descobrir as respostas que tanto almeja. O livro nos convida a mergulhar fundo no mundo de magos, bruxo, elfos, princesas e grandes guerreiros, além de embarcar numa jornada junto com protagonista Leon e os segredos que o esperam.  

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Fora de Frequência


     O grupo dinamarquês The Asteroids Galaxy Tour obteve uma grande exposição na mídia, após gravar o comercial da Heineken Internacional exibido aproximadamente em setenta países incluindo o Brasil em 2011. No comercial banda toca ao vivo a música "The Golden Age” tornando um dos seus principais hits, desde sua formação em 2007. No começo de 2012 a banda liderada por Mette Lindberg e Lars Iversen lançou o álbum “Out of Frequency” com 14 faixas de inéditas embalando um Pop Cult psicodélico. Eles fazem experimentações de vários instrumentos trazendo uma riqueza sonora diferenciada, somado a doce voz de Lindberg. Sobre as músicas Iversen comenta que não pretende aborrecer as pessoas com letras de diários privados da banda e prossegue "Nós queríamos fazer música com uma qualidade verdadeiramente cinematográfica, canções que apresentam personagens que não são necessariamente de nós. Músicas com bandidos, heróis e amantes".  Além de Mette Lindberg e Iversen a banca conta com Miloud Carl Sabri no trompete, Sven Meinild no saxofone, Mikkel Baltser na guitarra e Rasmus Valldorf na bateria. O primeiro single de divulgação é a música “Major”, mas “Heart Attack” é o vídeo mais recendente dos dinamarqueses. 

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

As Folhas


      Uma folha em branco é o suficiente para preenchê-la com os pensamentos podendo ser representados por traços, letras ou cores. A visão de cada um torna-se única quando damos voz a nossa criatividade sem nos preocuparmos com a aceitação ou negação dos outros. Mas de que adianta preencher um papel em branco com sentimentos ou pensamentos, se não agrada a grande maioria. Para ser diferente há de pagar um preço alto que nem todos nos estamos convencidos de que este custo inicial pode dar lucros. Entretanto, ser igual é como desenhar ou escrever em formas, tudo padronizado e perfeito, além da facilidade que temos. Mas de que adianta preencher um papel em branco com sentimentos e pensamentos moldados, só para agradar a grande maioria. Porém, usar está régua não nos garante atingir lucros dos quais pretendíamos. O fato é que vivemos num mundo em que quanto menos informação, mais réguas/moldes são oferecidos, com isto, manipulando e limitando o desenvolvimento de sua criatividade e capacidade crítica de ver o mundo. Uma simples folha branca sem uso não é o suficiente para refletir que caminhos seguir. Uma simples folha branca preenchida não é o suficiente para refletir que caminhos seguir. Apenas, um amontoado de folhas brancas sem uso ou preenchidas podem nos direcionar que rumo tomar, o que esperar e a quem quero agradar. Proporcionando um possível e difícil equilíbrio de satisfazer nossos anseios e as sociedades em que estamos inseridos. 

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

História de morte


    Sentindo aquela inquietação de espirito, a ansiedade deixava meu dia mais extenso. Impaciente a cada dever cumprido, fitava o relógio rústico pendurado no centro da parede, aflito constatava que o tempo não passava. No decorrer da tarde o calor estendia. Era tão insuportável quanto o meu desejo pelo final desta tortura. Cansado há vários dias sem dormir o desejo pelo final de semana era tão grande quanto à determinação de Victor na perseguição do demônio. Por fim, acabou meu expediente. Liberto de um cárcere inicia os preparativos para adentrar em outro, em que a solidão é meu único carcereiro. Detido, sem sono, varo a madrugada na busca de descobrir o verdadeiro eu. Na falha de minhas constantes buscas me perco em alucinações e possibilidades enquanto preparo em uma caneca, uma bebida quente a base de café solúvel. 
Amanheci debruçado na mesa em cima dum livro autoajuda, segurando a caneca com os resíduos da bebida encrostado em sua borda. Com forte enxaqueca sem lavar a caneca enchi de água e peguei um comprimido para aliviar a dor. À noite mal dormida, somado aos efeitos do comprimido deixaram minha mente ainda mais confusa. Minhas alucinações corroíam minha mente sensata e a loucura tomou conta de meu ser. Fora de controle ansiei por algum meio para de silenciar vozes que passei a escutar incitando-me a retaliação. No colapso de minha extrema loucura talhei minhas orelhas uma de cada vez com a navalha afiada que usava para me barbear. A dor absurda não foi o suficiente para deixar de escutar as vozes que me pedia para cortar minha língua. Então lhes propus um acordo. Cortaria minha língua se elas desaparecessem. Sem esperar pela resposta num súbito surto cortei minha língua e a ofereci como oferenda.
As vozes desejam cada vez mais e iniciei a minha mutilação. Na cabeça passei tão rente a navalha no meu couro cabeludo que ele ficou em carne viva. Minha visão estava vermelha com tanto sangue que escorria transportando para meu próprio inferno. Já me sentia fraco, mas as vozes não paravam de falar, de gritar, de mandar e ódio tornava o combustível de minhas forças. Sentado no chão quase abraçando minhas pernas cortei os dedos dos pés um de cada vez e me livrei da mão esquerda. As vozes por fim cessaram e uma satisfação tomou conta de mim. A fragilidade do meu corpo me derrubou com completo. Em lagrimas devido a grande dor física, fui voltando ao meu estado normal e deparando com a mutilação que cometi. Engasgando com meu próprio veneno, meu estado de sanidade corrompeu a uma ultima loucura e decapitei em com dificuldade o que já havia perdido.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Roda


Houve um tempo
Que a batida me movia,
Que a mente esvaziava,
Que o corpo estremecia.

Neste curto tempo
O sorriso era frequente,
O olhar não era ausente,
O corpo ficava quente.

Acabou este tempo
Acabaram sensações
Acabaram idealismos,
Restaram consternações.

Neste tempo nasce
Um novo proposito,
Uma nova vida emerge
Iniciando um novo tempo.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Mesmo que não há.


Há páginas que devemos virar.
Há "amigos" que devemos descartar.
Há Karmas que devemos superar.
Há amor que devemos buscar.
Há desculpas de devemos pedir.
Há desculpas que devemos aceitar.
Há dois lados que devemos olhar,
Mas só um caminho para trilhar.
E assim, trilho até a felicidade,
Encontrar, mesmo que não há. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Que burburinho é este?

    O Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) mostra mais uma vez o “desavanço” da educação pública no país, mas porque o espanto? Precisa o Jornal Nacional fazer um especial sobre educação para que a população tenha noção da gravidade que se encontra o ensino atual. Precisa das mídias impressas e televisivas noticiarem um fato que só de entrar num ambiente escolar é perfeitamente perceptível. Está na hora da população não apenas cobrar dos políticos melhores condições para obter um ensino de qualidade, mas também cobrar dos filhos maior comprometimento com do estudo. Bem como os pais devem ser mais participativos na vida escolar de seus filhos e cobrar do gestor escolar e dos professores um maior empenho para melhoraria do ensino no seu bairro. O baixo investimento na educação e a desvalorização dos professores que se empenham para aumentar o índice de compreensão e produção textual compromete todo um avanço da educação desmotivando até que pretende fazer algo. Os políticos tem culpa, mas nos também temos, por votar neles e compactuar com este descaso educacional que não é hoje. O conhecimento é o caminho para ampliar seu senso critico e gerando novas oportunidades. A escola tem como obrigação proporcionar grande parte deste conhecimento, entretanto, só pode ser receptivo se a outra parte tiver a noção que o único beneficiado é ela. Portanto, apenas com uma população participativa pode melhorar a situação do ensino público brasileiro e isto, inicia dentro de nossas casas. 


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Frankenstein


    Ele foi gerado de um amor que transbordava generosidade e gratidão. De uma família rica, de perfeita harmonia, um novo presente lhe é dado o seu grande amor. A obstinação pelos estudos o desperta para sua grande ambição. Um desafio que ultrapassa as leis naturais, que subestima o grande criador. Sua persistência e dedicação por fim é compensada e suas frustações dão inicio com o sucesso de sua experiência. O “demônio” nasce e a rejeição desencadeia o ódio. A família depara com suas perdas, a covardia se esconde na loucura, inocentes morrem aumentando o sentimento de culpa. Seria uma punição por desafiar o grande criador ou uma punição por renegar a criatura.  Uma promessa é descumprida e o preço desta consequência será alto. A perseguição do demônio vira sua nova obstinação, alimentanda pelo ódio é necessário por um fim para que inocentes não venham pagar por um erro que ele cometeu. Um clássico atemporal, um dos melhores contos de terror, uma inquietação sobre quem está certo ou errado. A autora Mary Shelley conta por meio de cartas entre dois irmãos ingleses a vida do cientista Victor Frankenstein um gênio que pagou caro por sua loucura. 

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A Morte


      Na madrugada ela acordou com vento frio que invadia seu quarto. Ainda sob os efeitos de medicamentos, levantou cambaleante, em direção à manta de fibra sintética, que estava meticulosamente dobrada no assento da poltrona, na outra extremidade do quarto. Em meio aos tropeços do par de sapatos de couro preto abandonados pelo chão, uma crise neurótica arrebatou seus pensamentos, e uma ânsia de purificar seu corpo a tomou conta. A dor veio com o cair da água quente sobre seu crânio raspado e ferido. A cada toque de fervência uma vermelhidão surgia no corpo pálido e roxo. A sensação de pele esfolada causada pela alta temperatura era como um tortuoso prazer em busca do corpo purificado.  Saindo do Box deparando com o espelho embaçado sua mão em movimentos frenéticos buscava por uma imagem refletida. As marcas visíveis surgiram junto com o seu rosto danificado, seus olhos inchados lacrimejaram e a boca tremulante só aumentando a visão de desespero e horror do que fitava. Indignada com a imagem refletida, impetuosos socos foram de encontro com o espelho, até que ele trincou por completo com alguns pedaços caído na pia. Os cortes de suas mãos só aumentavam sua insanidade. Olhando para reflexo destorcido, seu verdadeiro ser aflorou.  A beleza se foi, a feiura que tanto escondia abrochou diante dos olhos mostrando por fora o que era ela por dentro. Não suportando sua visão que acreditava ser a realidade, uma solução covarde veio em sua mente, da qual não tem volta. 

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

A culpa é de quem?


        Muita gente vem acompanhando os Jogos Olímpicos de Londres de 2012, e vem criticando a modesta atuação dos atletas brasileiros em relação ao quadro de medalhas. É muito fácil cobrar um resultado sem incentivo eficaz nas práticas esportivas no país. Quantas escolinhas de futebol existem no Brasil e quantos centros de treinamento existem nas demais modalidades que estão presentes nas Olímpiadas? Pode estar ai, o grande problema do fraco desempenho nesta e outras Olimpíadas. O fato é que enquanto o Brasil: governo, população, mídia e empresários, valorizarem apenas o futebol como único esporte rentável para o país, as demais praticas esportivas ficam em segundo, terceiro, quarto ou até nem uma plano. A falta de incentivo para os que já são atletas e para os que podem vir a ser é um grande obstáculo, além de estruturas inadequadas ou em muitos casos a falta dela compromete a “pretensão” do Brasil como uma futura potência olímpica. Por fim, sem investimento não podemos criticar e nem cobrar uma garra maior de nossos atletas, já que só pelo fato de estarem lá representando o Brasil sem estrutura adequada os tornam guerreiros do esporte nesta selva futebolística. 

domingo, 5 de agosto de 2012

Pare e Escute.

      A russa/norte-americana Regina Spektor é uma cantora que conhecia e desconhecia ao mesmo tempo. Na verdade precisou “Better” entrar na trilha sonora do filme “My Sister's Keeper” para chamar minha atenção. O seu som alternativo e com arranjos instrumentais marcantes principalmente o piano dá toda uma característica peculiar de Spektor, somado as suas firulas vocais mostrando que além de excelente instrumentalista, tem um controle de voz e afinação que impressionam qualquer um que goste de boa música. Ela lançou no final de maio deste ano o álbum “What We Saw from the Cheap Seats” um título bem sugestivo para o conteúdo que encontramos ao decorrer de suas 11 faixas de boas canções.  O primeiro single “All The Rowboats” faz alusões de uma forma crítica às obras de artes trancafiadas em museus por serem atemporais. Uma letra como esta pode dar uma significação maior do que está explicita dando uma qualidade mais significativa para quem escuta e procura entender uma letra. Suas canções vão mesclando magoas e humor, por vezes ironizando emoções. Portanto, fugindo dos “padrões comerciais”, este novo trabalho pode não agradar a todos os ouvidos por abusar de sons instrumentais “diferenciados” e arranjos criativos, mas vale a pena conferir algumas de suas canções que mais parecem trilhas de filmes daqueles exploram um lado emocional intimista.  

sábado, 4 de agosto de 2012

Bondade


Quando você é bondoso,
As pessoas abusam.
Quando você cobra,
As pessoas criticam.
Quando você menos espera,
As pessoas te maltratam.
Quando você nega,
As pessoas se afastam.
Quando você atende,
As pessoas nem agradecem.
De que adianta ser bom,
Se as pessoas não são.
De que adianta ser ruim,
Se as pessoas não querem.
Parece que as pessoas
Só querem tirar vantagem,
Esquecendo-se de quem dá
Também quer receber
Bondade.