quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Oh Lá Lá!


    Esteman é mais um artista colombiano promissor. Músico, ator está atento às multiplicidades sonoras demonstrando em suas canções influências de épocas e culturas distintas. Com melodias pegajosas e carregadas de ironia, aborda temas como o amor, criticas politicas e sociais, que resultam num ritmo musical agradável e diferenciado do cantor. O cantor não se limita a conceituar apenas sua música, mas também em seu visual influenciado no “retrô” e o moderno, com muita originalidade totalmente perceptível em seus vídeos, como outros materiais de divulgação. O seu mais recente trabalho foi lançado em 2012 “1er Acto”, com participações de Andrea Echeverri, Monsieur Periné e Juan Pablo Veja. O álbum conta com 13 faixas, das quais, vale a pena escutar “Pobre Corazón”, “Aquí Estoy Yo”, “Oh Lá Lá”, “Robot” e “El Pimentón”. Outra música que não faz parte deste álbum, mas recomendo é “No te metas a mi facebook”.


quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Fuga


Preciso de tempo para me recompor
Dos risos, das vozes, que ouço a todo instante.

A loucura me consome e o sangue elevar-se
A ira dá-se as caras.

Num mordas discurso vociferando o direito
De um minuto, um minuto de silêncio.

Para minha mente caótica, atormentada,
Por seus risos, por sua voz, por sua irá.

Em desespero grito, grito socorro,
Na fuga de ti, fujo de mim.

Anna Karenina

   O diretor Joe Wright vem mostrando o seu bom gosto em fazer adaptações da Literatura para o cinema, depois de “Orgulho e Preconceito” um clássico de Jane Austen que recentemente completou 200 anos de publicação, ele mergulha na Rússia Imperial de 1874 para adaptar a obra de Liev Tolstói. Anna Karenina (Keira Knightley) é uma aristocrata da russa casada com Alexei Karenin (Jude Law), aparentemente um casal estruturado, cercados de luxo, popularidade e moral. Na ida para Moscou para resolver assuntos familiares conhece Conde Vronsky (Aaron Johnson), a partir deste momento a trama vai encaminhando para um caso extraconjugal. A história em si lembra vagamente outro clássico, “Madame Bovary” de Gustave Flaubert, por tratarem do amor idealizado pela mulher que na desilusão deste sentimento toma uma drástica atitude. Mas são apenas pequenas referências para uma grande obra russa que retrata, sobretudo, a sociedade aristocrata de São Petersburgo, além de menções ruralistas, que na obra literária de Tolstói devem estar mais contextualizadas. Colocando em questão o amor e a razão, o filme mostra que de certa forma um sobressai sobre o outro perante a sociedade de heranças machista, pois, a mulher quando ama é capaz de colocar em risco sua dignidade para vivenciar o amor que nem sempre o corresponde da forma esperada. Anna Karenina é um filme “teatral”, muito bem coreografado, com uma trilha sonora e figurino impecável, além do trabalho de fotografias, cores que encantam o espectador fazendo jus as indicações no Oscar deste ano nas categorias fotografia, trilha sonora original, figurino e design de produção.


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

A Arte da Guerra


   A Editora Gente lançou recentemente uma nova edição d’A Arte da Guerra de Sun Tzu, com um diferencial no trabalho gráfico notado já na capa do livro, agregado ao excelente acabamento deste digno de uma grande obra oriental. Há 2.400 anos foi escrito em “treze mandamentos” a arte de guerrear e sair vitorioso nos conflitos. Apesar de ser uma obra voltada para estratégias militares, o livro possuí uma sabedoria que podemos tranquilamente adaptar para o nosso cotidiano. A objetividade de Sun Tzu vai conduzindo o leitor a refletir e elencar todos os prós e contras antes de entrar numa “batalha”. Além dos trezes capítulos em seu texto original este volume é incrementado pelas interpretações do General Chinês Tao Hanzhang, que a partir dos conceitos de Sun Tzu exemplifica com manobras militares da antiga China e outras do mundo moderno como a II Guerra Mundial, discutindo sobre as posturas tomadas nos conflitos e levantando pontos de contradição nos preceitos de Sun Tzu. Friamente analisando é um livro sobre guerras, politicas, estratégias, conflitos, observação, hierarquia e sabedoria, mas exatamente por estes pontos que a obra torna-se atual, pois são questões que lidamos em nossas vidas profissionais, sociais e até sentimentais. Segundo Sun Tzu “nenhuma guerra prolongada já beneficiou qualquer país”, quando os conflitos se arrastam por anos o desgaste físico é metal pode ser maior que a vitória de um ou outro lado. Saber a hora de recuar, de atacar, de confundir, de fazer acordos e tirar vantagens sobre o adversário, para Sun Tzu o que tiver maior domínio destas ações certamente sairá vitorioso. Uma obra adotada por varias nações faz de “A Arte da Guerra” um clássico, devido sua atemporalidade. 

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O humor escrachado de Falabella

    Hoje estreia a nova série do Miguel Falabella, que pelas chamadas podemos notar várias influências da cultura latina. Nas composições de personagens excêntricos, por exemplo, pode até não existir uma inspiração direta, mas nos remete a personagens das obras do cineasta espanhol Pedro Almodóvar, com visuais exagerados e características peculiares. Falabella já demonstrou uma forte ligação “latina” quando escreveu a novela “Salsa e Merengue” junto com a Maria Carmem Barbosa em 1996. Notado também em alguns episódios como no “Sai de Baixo” e “Toma Lá, Dá Cá” comprovando o grande talento para o humor e criação, “antenado” em outras culturas mesclando o dramalhão exagerado mexicano, com as excentricidades espanholas e a malandragem brasileira sobre tudo a carioca. Em “Pé na Cova” já pelo logotipo da série há uma referência mexicana com o curioso costume do país em celebrar os “Día de Muertos”, com grandes festas, caveiras ornamentadas, flores e muita comida, pois, segundo a tradição os mexicanos enfeitam suas casas para receber a visita dos parentes mortos neste dia. Diversão é o que não deve faltar na F.U.I. (Funerária Unidos do Irajá) em que a semelhança com a série americana “A Sete Palmos” fica apenas pelas famílias serem proprietárias de uma funerária. Além do próprio Falabella contracenando “Pé na Cova” conta com um elenco bem interessante: Marília Pêra, Lorena Comparato, Daniel Torres, Luma Costa, Mart’nália, Maurício Xavier, Karin Hils, Eliana Rocha entre outros. Com a expectativa de iniciar uma grande jornada humorística toda quinta feira de noite, resta esperarmos para ver se Miguel Falabella consegue repetir com excelência mais uma serie de humor escrachado. 

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Justo Contigo


As lagrimas quando quente
Aliviam minha dor latente,
Abrindo caminhos
Em minha face arrependida,
Por exagerar mais do que devia.

O rosto rubro pelo sangue quente
Deixa de ser complacente.
Quando a boca vocifera
Dores acumuladas,
Na tentativa de aliviar
Pensamentos amargos
Construídos pelo tempo.

Com a respiração ofegante
Sem nem uma contraposição
Relutante, persisto
Impondo uma justiça,
Que nem sei se a pratico,
Conservando uma injustiça
Por achar que estou sendo
Justo contigo.




segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

O Vale dos Mortos


      Uma jornada fantástica duma história impactante de terror; é o que promete o novo lançamento da Editora Baraúna. A obra de Rodrigo de Oliveira já chama atenção pela capa ousadamente aterrorizante, a ponto de provocar a curiosidade até dos não apreciadores do gênero terror. Esta narrativa desenvolve em uma antiga lenda Suméria que se torna realidade, com a descoberta de um novo planeta no sistema solar locomovendo-se em direção à Terra desencadeia um fenômeno único, devido sua aproximação, em que bilhões de pessoas metamorfoseiam em criaturas sedentas de sangue e carne, num estado irreversível de fúria psicótica. Neste contexto acompanhamos à luta desesperada duma família pela própria sobrevivência, surgindo dois líderes capazes de guiar os poucos sobreviventes no confronto contra os zumbis canibais. Ambientado em território nacional com passagem em outros países o autor de "O Vale dos Mortos" direciona a uma leitura eletrizante, com ações frenéticas e muita violência. O livro também aborda temas como liderança, trabalho em equipe, e a força de um jovem casal capaz de tudo para proteger seus filhos e amigos. Uma grande história de amor capaz de sobreviver a tudo, até mesmo o fim do mundo. 

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Suin a la colombiana


   Monsieur Periné é uma preciosidade da Colômbia que iniciou sua jornada musical tocando em bares, casamentos e festas privadas. Com o auxilio das redes social a banda conquistou um grande numero de admiradores impulsionando-os a marcar presença em grandes festivais colombianos. No ano passado eles lançaram o seu primeiro álbum “Hecho a Mano”, um nome bem sugestivo que facilmente pode ser associado com o visual alegre “folclore” e na influencia francesa, cigana, jazz e dos vastos ritmos latinos que estão presentes em suas musicas. A “poliglota vocalista” Catalina Garcíae os músicos Santiago Prieto, Camilo Parra, Nicholas Junca, Fabian Peñaranda, Miguel Guerra e Daniel Chebair costuram muito bem o espanhol, francês, português e o inglês nas canções do grupo, dando uma característica própria e ricamente cultural. O grupo se define com três palavras “alegria, magia e amor” e não tem como não senti-las escutando músicas como “La Playa”, “Suin Romanticon”, “Cou Cou”, “Sabor a Mi” e “Swing With Me”.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Norte vs Sul


     O maior indicado para o Oscar deste ano não poderia ser outro, senão Lincoln. Com 12 indicações o filme conta basicamente os conflitos de ideais entre os Estados do Norte (industrializado e contra a escravidão) e os Estados do Sul (agropecuário e a favor da escravidão). O republicano Abraham Lincoln ao assumir a presidência dos Estados Unidos deparou-se com um país dividido. Defensor da abolição da escravatura inicia durante seu governo a Guerra Civil Americana entre a União e a Confederação que buscava sua independência para “burlar” as leis federais para manter a escravidão na região sul. O filme nos contextualiza estes importantes períodos da historia americana, tanto no campo batalha quanto as guerras de discursos do congresso americano, já que, o presidente Lincoln que buscava aprovar a Décima Terceira Emenda à Constituição dos Estados Unidos, em que proibia a escravidão no país.  O filme de Steven Spielberg é um tanto maçante para quem não está a por dentro deste período histórico, entretanto, tem excelentes atuações de Daniel Day-Lewis (Abraham Lincoln), Sally Field e Tommy Lee Jones todos com indicações no Oscar. Lincoln é uma produção “patriota” e por este motivo dever ser o grande vencedor das premiações americanas deste ano (Golden Globe/Oscar).