O diretor Joe Wright vem mostrando
o seu bom gosto em fazer adaptações da Literatura para o cinema, depois de “Orgulho
e Preconceito” um clássico de Jane Austen que recentemente completou 200 anos
de publicação, ele mergulha na Rússia Imperial de 1874 para adaptar a obra de Liev
Tolstói. Anna Karenina (Keira Knightley) é uma aristocrata da russa casada com Alexei
Karenin (Jude Law), aparentemente um casal estruturado, cercados de luxo,
popularidade e moral. Na ida para Moscou para resolver assuntos familiares conhece
Conde Vronsky (Aaron Johnson), a partir deste momento a trama vai encaminhando
para um caso extraconjugal. A história em si lembra vagamente outro clássico, “Madame
Bovary” de Gustave Flaubert, por tratarem do amor idealizado pela mulher que na
desilusão deste sentimento toma uma drástica atitude. Mas são apenas pequenas
referências para uma grande obra russa que retrata, sobretudo, a sociedade aristocrata
de São Petersburgo, além de menções ruralistas, que na obra literária de
Tolstói devem estar mais contextualizadas. Colocando em questão o amor e a razão,
o filme mostra que de certa forma um sobressai sobre o outro perante a
sociedade de heranças machista, pois, a mulher quando ama é capaz de colocar em
risco sua dignidade para vivenciar o amor que nem sempre o corresponde da forma
esperada. Anna Karenina é um filme “teatral”, muito bem coreografado, com uma
trilha sonora e figurino impecável, além do trabalho de fotografias, cores que
encantam o espectador fazendo jus as indicações no Oscar deste ano nas categorias
fotografia, trilha sonora original, figurino e design de produção.
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