Todo ano de eleição é a mesma
coisa. Durante meia hora no período da tarde e meia hora no período noite, somos “obrigados” a
assistir o horário político. Muitos podem dizer que é um espaço importante para
conhecer as propostas dos cândidos, mas não é um espaço democrático. Sabemos
que o tempo vem de acordo com o tamanho do partido e as coligações que os
partidos fazem entre si. Portanto, como vamos saber qual é a melhor proposta se
um candidato tem 10 minutos e outro tem 3 minutos. E que credibilidade tem um candidato
a vereador, que só repete seu número repetidas vezes ate acabar seu tempo de 20
segundos. Uma questão relevante deste horário obrigatório como se já não bastassem
os comerciais que passam constantemente durante o dia todo, é uma preocupação
em alfinetar o concorrente, deixando para segundo plano o que realmente importa
sua proposta de governo. Outro ponto é a invasão de humor descabível usado como
uma estratégia de marketing para manipular a memória do eleitor e conquista-lo
por uma situação ridícula. Tenho a impressão que nesta situação somos cativados
por palhaços, pois damos risadas e votamos nestes indivíduos. Com isto, o riso
troca de lado e descobrimos que nos somos os verdadeiros palhaços. A única
coisa importante de deveria ser obrigatória é pelo menos dois debates políticos
exigindo participação de todos os candidatos, mas isto não existe. Somente com
o confronto direto podemos saber quem está mais capacitado para questionar, responder
e apontar soluções para uma administração satisfatória. Resta-nos conformarmos
com esta enxurrada de campanha eleitoral, desligar ou assistir este circo e
tentar votar no “melhor”, caso isto, seja possível.
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