Já tem um tempo que os
romances saem das páginas e vão para tela do cinema tornando grande sucesso e
até elevando a venda dos exemplares impressos. O que é uma boa forma de
provocar o interesse da leitura pelo livro, já que nas telas são adaptações e
nas páginas o original, portanto contendo muito mais detalhes para saciar a
vontade de quem gostou da adaptação. Os grandes clássicos da Literatura também ganham
versões para o cinema. Comoo no caso de Wuthering
Heights ou O morro dos ventos uivantes de Emily Bronte, por exemplo, tem
várias versões como em 1939, 1970, 1992, 1998, 2009 e 2011. E é sobre a versão
mais recente que vou me atentar a comentar alguns aspectos sobre o filme que tem
a direção de Andrea Arnold. O filme é o que mais aproxima do livro, se bem quem
não pude conferir todas as versões, mas ele é muito monótono. Seria então o
romance de Bronte chato? Não exatamente. O filme tem várias tomadas sem dialogo
o que acho tedioso, já que o romance é rico neles. Provavelmente o olhar da
diretora foi com a intenção de diferenciar das outras adaptações e isto fica
bem claro com a escolha dos atores incluído um negro na personagem de Heathcliff.
Tanto ele, como o resto do elenco, tiveram uma atuação muito fraca devido a
intensidade de cada personagem que Emily Bronte descreve. O que mais me deixou
confuso é como uma adaptação “mais próxima” do livro não conseguiu passar o que
o romance transborda que é a dramaticidade e a emoção. Ainda acho que a melhor
versão do “O Morro dos ventos uivantes” é a de 1992 que tem no papel de Catherine
Earnshaw a excelente Juliette Binoche. Está versão só ocorrem algumas falhas no
desenrolar da história que só quem teve contato com a obra literária pode
notar. Entretanto entre o olhar de Peter Kosminsky e Andrea Arnold eu recomendo
o de Kosminsky.
Nenhum comentário:
Postar um comentário