terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Rotina de uma família


Com o bafo de pinga logo de manhã posso imaginar como foi a rotina deste senhor. Nos primeiros raios do sol enfrenta uma fila para pegar o leite que servira de alimento no café da manhã a sua família, a próxima fila será a do pão. Nesta com muito mais gente chega-se a perder quase uma manhã, mas o alimento está garantido para família durante dois dias. Debaixo daquele sol escaldante o senhor que cheirava a pinga começa a exalar o cheiro forte do suor. Hora do almoço não tem com que o senhor se preocupar seus oito filhos estão na escola e por lá vão se alimentar. Com sua esposa também não, ela empregada domestica no serviço está. Ele com o bico de auxiliar de pedreiro depois uma que começa trabalhar.

De noite a mãe prepara a janta com produtos da cesta básica doada, por uma capela pouco movimentada. O senhor depois de uma tarde de trabalho vai para o bar gastar seus trocados. Quando ele chegou deparou com os filhos dormindo na sala dividindo os colchões, a mulher no único quarto de joelhos rezando.  Encostou a porta e meio cambaleando aproximou e seu membro tocou e mulher desviou, mas ele a forçou. a mulher relutante argumentou estar cansada, levou um tapa na cara e após um grito ficou calada. As lagrimas caíram de seus olhos ao mesmo tempo em que sua roupa era tirada, com sua boca tapada os movimentos bruscos dos corpos se chocavam. O medo em seus olhos o excitava.

O filho mais novo acorda assustado e para o quarto dos pais foi de encontro. A porta encostada com suas pequenas mãos empurrou e sobre a luz da lua viu uma que cena que já se acostumou. O pai olhando de lado o expulsou. Um urro ecoou e a mulher aliviou. Na cama toda dolorida deitada de lado chorava em silencio e o marido espalhado ficou e nem banho ele tomou.


  • Um novo dia se formou e no bar o senhor passou, depois de três doses para fila do leite regressou. Mas hoje a rotina será quase diferente, no bolsa família tem que recadastrar de tarde no bar tem que passar e a noite como todas em que chega bêbado a mulher violentar. Assim me pergunto de que vale toda ajuda se alguns senhores ou senhoras não sabem valorizar. Suas famílias estão desestruturadas e não tem nem um interesse em estruturar, os filhos cada vez rebeldes e quando adultos as filas vão freqüentar repetindo toda a história de ausência e violência. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário