terça-feira, 5 de junho de 2012

Os Caminhos da Leitura.


É comum tanto entre os alunos como em alguns adultos não terem em sua rotina a pratica da leitura. Seja por uma falta de incentivo dos pais durante sua infância ou por uma forma arbitrária do professor, o fato é que pouco se lê no Brasil levando em conta sua grande população.
Por questões financeiras ou até culturais o estimulo dos livros no durante a infância fica “prejudicado” pela falta destes e outros mais recursos, passando muitas vezes o primeiro contato com um livro apenas quando a criança ingressa numa instituição educacional. Se os pais não são capazes de incentivar a leitura por diversas razões que não vem ao caso, cabe o educador fazer esta a ponto: criança, livro e conhecimento.
Uma das formas para desenvolver o aluno leitor é dar autonomia em suas escolhas literárias e associando obras como filmes, músicas e outras formas culturais. Provocando o interesse de leituras de outras obras, relacionando a intertextualidade, tipos e gêneros textuais, ampliando a visão do aluno. Um professor mal instruído pode prejudica o prazer que a leitura da criança. Segundo Pennac os textos literários trabalhados de forma equivocada em sala de aula, podem matar o interesse pela leitura destas obras. Discutido em seu livro Como um Romance, o professor “poda” o aluno limitando as obras escolhidas por eles. Nem sempre estamos preparados para ler determinada obra literária, assim podemos desistir facilmente da leitura e corre o risco de não pegar determinada obra.
Para Infante “a leitura é o meio que dispomos para adquirir informações e desenvolver reflexões críticas sobre a realidade”. Portanto, por que é preciso ler? Para aprender; Para dar certo nos estudos; Para nos informamos; Para saber de onde viemos; Para sabermos quem somos; Para conhecer melhor os outros; Para saber onde vamos; Para conservar a memória do passado; Para esclarecer nosso presente; Para aproveitar as experiências anteriores; Para ganhar tempo; Para nos evadirmos; Para buscar um sentido na vida; Para compreender os fundamentos de nossa civilização; para alimentar nossa curiosidade; Para nos distrairmos; Para nos cultivarmos; para comunicar; para exercer nosso espírito crítico (PENNAC).
Um bom leitor pode vir a ser um bom escritor e nunca é tarde para pegar um livro e debruçar sobre ele em troca de conhecimento, fantasia, sentimentos, horror, curiosidade, entre tantas outras provocações e inquietações que um livro pode lhe proporcionar. Pois é assim que deveríamos encarar um livro como prazer e não obrigação. 

Referências:

INFANTE, Ulisses. Do texto ao texto: curso prático de redação e leitura. São Paulo: Scipione, 2008.

PENNAC, Daniel. Como um romance. Tradução de Leny Werneck. Porto Alegre, RS: L&PM Pocket; Rio de Janeiro, RJ: Rocco, 2008.

TODOROV, Tzvetan. Introdução à Literatura Fantástica. Tradução Maria Clara Correa Castelo. São Paulo: Perspectiva, 2008.

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