O novo trabalho de Mala Rodríguez
intitulado “Bruja” foi lançado nesta semana, mas precisamente no dia 18 de
junho na Espanha. Mala em suas entrevistas justifica o título de seu novo trabalho, para
ela Bruxa é “uma mulher livre e sábia”, e complementa “é como me sinto”. A associação de bruxa como algum ruim pode-se
justificar preceitos cultivados na Idade Média, em que as mulheres “livres” e
sábias eram acusadas de praticas de bruxaria e condenadas a morte. Uma visão
que sustentamos até hoje, com a significação “negativa” que essa palavra traz
desde esta época. Já a cantora espanhola afirma “todas as bruxas são boas”. O álbum
segue conceitos sustentados em trabalhos anteriores enaltecendo o feminismo,
críticas sociais e a liberdade. Divididos em 13 faixas, das quais algumas vêm
circulando pela internet nos últimos tempos como “Hazme Eso”, “La Rata”, “Caja
de Madera” e a “Quién Manda”. Certamente Bruja vem para superar o sucesso de “Dirty
Bailarina” e expandir ainda mais sua carreira musical pelo mundo. O seu
primeiro single a ganhar videoclipe é “33”, em que Mala tem uma performance agressiva
bem condizente com a letra desta música, que aborda questões da fé, educação e comportamento
dos seres humanos.
quinta-feira, 20 de junho de 2013
domingo, 2 de junho de 2013
De quanta terra precisa o homem?
Um conto do grande escritor russo
Liev Tolstói, no qual recria uma narrativa de um homem ganancioso que tem como
objetivo possuir mais terras. Um ponto interessante é o espaço que este conto
abre para discussões entre a vida no campo e na cidade, ambas com suas vantagens
e desvantagens. A parir daí eis que surge o pensamento "Se eu tivesse
muita terra, não temeria nem mesmo o próprio diabo", e o próprio demo
instiga este desejo de sempre querer mais. Seria o diabo uma representação
deste capitalismo desenfreado que todos nos possuímos? Seria uma critica aos
valores do homem? Certamente podemos fazer uma alusão ao consumo de massa que vivenciamos
no modelo capitalista, nos conduzindo numa reflexão de até que ponto vale
cultivar nossa ganância para obter, ter, o poder, o dinheiro? Tolstói demonstra
que o custo pode ser alto de mais, como o desfecho desta narrativa. As ilustrações
De quanta terra precisa o homem? fica por conta do chileno Cárcamo, que retratou
com perfeição os camponeses russos do século XIX, dando mais um bom motivo para
embarcar nesta narrativa do qual tem o título questionador, em busca de uma
resposta surpreendente.
sábado, 1 de junho de 2013
MAMA
Para quem já se impressionou com
o belo Labirinto do Fauno e o Não tenha Medo do Escuro, ambas com a mão de Guillermo
del Toro entre outros sucessos deste cineasta mexicano, pode traçar vários pontos
em comum, como por exemplo a figura da criança que estas narrativas desenvolvem. Mama que demonstra algumas cenas “clichês”
ao mesmo tempo tenta mostra-las sob uma nova ótica, nem sempre original, mas
certamente impactante. O filme trabalha com a estrutura familiar, mais focado na
relação mãe e filha. Uma sucessão de fatos que vão abalando e reestruturando
estes laços, aflorando sentimentos que até então eram praticamente inexistentes,
ou desconhecidos pelas personagens. A ‘maldade’ dos homens, perdas, ciúmes,
mortes e um trabalho com o lúdico tenebroso chamam a atenção para este filme
tanto na sua narrativa, quanto nos efeitos visuais característicos nos
produções de d’Toro. Outro importante destaque foi a excelente atuação das
meninas Isabelle Nelisse (Lily) e Morgan McGarry (Victoria), além da atriz Jessica
Chastain (Annabel) que dispensa qualquer comentário. Quem assina a direção e o
roteiro de Mama é Andres Muschietti que foi no baseado em seu próprio curta. A
trilha sonora ficou para o encargo do espanhol Fernando Velázquez que realizou um
trabalho impecável e de extremo bom gosto. Por fim, Mama é um filme que vale a
pena ver por toda competência que Guillermo del Toro vem mostrando no decorrer
de sua carreira.
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