Um conto do grande escritor russo
Liev Tolstói, no qual recria uma narrativa de um homem ganancioso que tem como
objetivo possuir mais terras. Um ponto interessante é o espaço que este conto
abre para discussões entre a vida no campo e na cidade, ambas com suas vantagens
e desvantagens. A parir daí eis que surge o pensamento "Se eu tivesse
muita terra, não temeria nem mesmo o próprio diabo", e o próprio demo
instiga este desejo de sempre querer mais. Seria o diabo uma representação
deste capitalismo desenfreado que todos nos possuímos? Seria uma critica aos
valores do homem? Certamente podemos fazer uma alusão ao consumo de massa que vivenciamos
no modelo capitalista, nos conduzindo numa reflexão de até que ponto vale
cultivar nossa ganância para obter, ter, o poder, o dinheiro? Tolstói demonstra
que o custo pode ser alto de mais, como o desfecho desta narrativa. As ilustrações
De quanta terra precisa o homem? fica por conta do chileno Cárcamo, que retratou
com perfeição os camponeses russos do século XIX, dando mais um bom motivo para
embarcar nesta narrativa do qual tem o título questionador, em busca de uma
resposta surpreendente.
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