Para quem já se impressionou com
o belo Labirinto do Fauno e o Não tenha Medo do Escuro, ambas com a mão de Guillermo
del Toro entre outros sucessos deste cineasta mexicano, pode traçar vários pontos
em comum, como por exemplo a figura da criança que estas narrativas desenvolvem. Mama que demonstra algumas cenas “clichês”
ao mesmo tempo tenta mostra-las sob uma nova ótica, nem sempre original, mas
certamente impactante. O filme trabalha com a estrutura familiar, mais focado na
relação mãe e filha. Uma sucessão de fatos que vão abalando e reestruturando
estes laços, aflorando sentimentos que até então eram praticamente inexistentes,
ou desconhecidos pelas personagens. A ‘maldade’ dos homens, perdas, ciúmes,
mortes e um trabalho com o lúdico tenebroso chamam a atenção para este filme
tanto na sua narrativa, quanto nos efeitos visuais característicos nos
produções de d’Toro. Outro importante destaque foi a excelente atuação das
meninas Isabelle Nelisse (Lily) e Morgan McGarry (Victoria), além da atriz Jessica
Chastain (Annabel) que dispensa qualquer comentário. Quem assina a direção e o
roteiro de Mama é Andres Muschietti que foi no baseado em seu próprio curta. A
trilha sonora ficou para o encargo do espanhol Fernando Velázquez que realizou um
trabalho impecável e de extremo bom gosto. Por fim, Mama é um filme que vale a
pena ver por toda competência que Guillermo del Toro vem mostrando no decorrer
de sua carreira.
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