Como deve ser fácil ser escritor nos
tempos atuais, já que não há aquele uma perseguição religiosa como teve o
Marquês de Sade ao escrever seus contos eróticos em que ofendiam a moral
religiosa. Mesmo proibido de escrever sua obstinação neste ato o mergulhou em
uma loucura para expurgar seus pensamentos no prazer proporcionar o leitor explorar
um lado crítico e erótico. Outro caso de
amor foi o de Camões quando sofreu um naufrágio e preferiu salvar “Os Lusíadas”
ao invés de sua amada. E por falar em amada como não citar Jane Austen que morreu
solitária com seu amor platônico escrevendo romances que figuram nos grandes
clássicos da literatura inglesa. O que
dizer do gênio Edgar Allan Poe que antes de falecer, perdeu sua esposa, se
encontrava na pobreza, vivia embriagado e escreveu grandes textos que só foram
devidamente reconhecidos, após sua morte. E o que falar das obras regionalistas
de Graciliano Ramos que faz uma crítica social de uma forma ferina e poética ao
mesmo tempo. Hoje é dia do escritor e mesmo com tantos “avanços” nas questões
sociais, não é fácil escrever um livro. O escritor de hoje talvez não enfrente
tantos problemas quanto os dos séculos passados, mas dever ser muito difícil
criar emoções por meio das páginas, depois de tantos clássicos publicados e
reconhecidos. Acredito que este seja o grande desafio para o escritor atual é fazer
uma narrativa que provoque vários sentimentos a cada parágrafo lido, mexer com
nossa imaginação a cada página virada e fazer com que quando o leitor termine a
leitura tenha uma satisfação e inquietação com o final da obra. E para aqueles
que enfrentam este desafio com competência, criatividade e dedicação, merecem
ser parabenizado e incentivado para que obras de qualidade sejam publicadas enriquecendo
o vasto repertório literário.
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