quarta-feira, 25 de julho de 2012

O Dia do Escritor


            Como deve ser fácil ser escritor nos tempos atuais, já que não há aquele uma perseguição religiosa como teve o Marquês de Sade ao escrever seus contos eróticos em que ofendiam a moral religiosa. Mesmo proibido de escrever sua obstinação neste ato o mergulhou em uma loucura para expurgar seus pensamentos no prazer proporcionar o leitor explorar um lado crítico e erótico.  Outro caso de amor foi o de Camões quando sofreu um naufrágio e preferiu salvar “Os Lusíadas” ao invés de sua amada. E por falar em amada como não citar Jane Austen que morreu solitária com seu amor platônico escrevendo romances que figuram nos grandes clássicos da literatura inglesa.  O que dizer do gênio Edgar Allan Poe que antes de falecer, perdeu sua esposa, se encontrava na pobreza, vivia embriagado e escreveu grandes textos que só foram devidamente reconhecidos, após sua morte. E o que falar das obras regionalistas de Graciliano Ramos que faz uma crítica social de uma forma ferina e poética ao mesmo tempo. Hoje é dia do escritor e mesmo com tantos “avanços” nas questões sociais, não é fácil escrever um livro. O escritor de hoje talvez não enfrente tantos problemas quanto os dos séculos passados, mas dever ser muito difícil criar emoções por meio das páginas, depois de tantos clássicos publicados e reconhecidos. Acredito que este seja o grande desafio para o escritor atual é fazer uma narrativa que provoque vários sentimentos a cada parágrafo lido, mexer com nossa imaginação a cada página virada e fazer com que quando o leitor termine a leitura tenha uma satisfação e inquietação com o final da obra. E para aqueles que enfrentam este desafio com competência, criatividade e dedicação, merecem ser parabenizado e incentivado para que obras de qualidade sejam publicadas enriquecendo o vasto repertório literário.

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