É comum tanto
entre os alunos como em alguns adultos não terem em sua rotina a pratica da
leitura. Seja por uma falta de incentivo dos pais durante sua infância ou por
uma forma arbitrária do professor, o fato é que pouco se lê no Brasil levando
em conta sua grande população.
Por questões
financeiras ou até culturais o estimulo dos livros no durante a infância fica “prejudicado”
pela falta destes e outros mais recursos, passando muitas vezes o primeiro
contato com um livro apenas quando a criança ingressa numa instituição
educacional. Se os pais não são capazes de incentivar a leitura por diversas
razões que não vem ao caso, cabe o educador fazer esta a ponto: criança, livro
e conhecimento.
Uma das formas para
desenvolver o aluno leitor é dar autonomia em suas escolhas literárias e
associando obras como filmes, músicas e outras formas culturais. Provocando o
interesse de leituras de outras obras, relacionando a intertextualidade, tipos e
gêneros textuais, ampliando a visão do aluno. Um professor mal instruído pode prejudica
o prazer que a leitura da criança. Segundo Pennac os textos literários trabalhados
de forma equivocada em sala de aula, podem matar o interesse pela leitura
destas obras. Discutido em seu livro Como
um Romance, o professor “poda” o aluno limitando as obras escolhidas por
eles. Nem sempre estamos preparados para ler determinada obra literária, assim
podemos desistir facilmente da leitura e corre o risco de não pegar determinada
obra.
Para Infante “a
leitura é o meio que dispomos para adquirir informações e desenvolver reflexões
críticas sobre a realidade”. Portanto, por que é preciso ler? Para aprender;
Para dar certo nos estudos; Para nos informamos; Para saber de onde viemos;
Para sabermos quem somos; Para conhecer melhor os outros; Para saber onde
vamos; Para conservar a memória do passado; Para esclarecer nosso presente;
Para aproveitar as experiências anteriores; Para ganhar tempo; Para nos
evadirmos; Para buscar um sentido na vida; Para compreender os fundamentos de
nossa civilização; para alimentar nossa curiosidade; Para nos distrairmos; Para
nos cultivarmos; para comunicar; para exercer nosso espírito crítico (PENNAC).
Um bom leitor
pode vir a ser um bom escritor e nunca é tarde para pegar um livro e debruçar
sobre ele em troca de conhecimento, fantasia, sentimentos, horror, curiosidade,
entre tantas outras provocações e inquietações que um livro pode lhe proporcionar.
Pois é assim que deveríamos encarar um livro como prazer e não obrigação.
Referências:
INFANTE, Ulisses. Do texto ao
texto: curso prático de redação e leitura. São Paulo: Scipione, 2008.
PENNAC, Daniel. Como um romance.
Tradução de Leny Werneck. Porto Alegre, RS: L&PM Pocket; Rio de Janeiro,
RJ: Rocco, 2008.
TODOROV, Tzvetan. Introdução à
Literatura Fantástica. Tradução Maria Clara Correa Castelo. São Paulo:
Perspectiva, 2008.